O Bullying nas escolas brasileiras é um dos possíveis temas de redação da próxima edição do Enem. Nesse sentido, discutir suas implicações no ambiente escolar é essencial para saber escrever um bom texto. Confira!
O que é Bullying?
O Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, físicas ou verbais, realizadas de forma repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.
O termo bullying tem origem da palavra inglesa “bully”, que significa “valentão” e/ou “brigão”. Contudo, ainda não há um significado em português para o termo, sendo então entendido como ameaça, tirania, opressão, humilhação e tortura.
Lei obriga escolas e clubes a combater o bullying
No dia 9 de novembro de 2016 foi publicada a Lei que obriga as escolas e clubes adotarem medidas de prevenção e combate ao bullying, conhecida como “Lei Antibullying“
A lei diz que as instituições devem criar mecanismos de notificação de casos de bullying, além de desenvolverem medidas de conscientização, prevenção e combate a prática. Para isso, está sendo criada pela coordenação de Educação em Direitos Humanos da Secretária de Estado de Educação (SEE), um sistema eletrônico para que sejam registrados casos de bullying nas escolas e clubes recreativos.
O Ciclo do Bullying nas escolas
Estatísticas sobre o Bullying
De acordo com o relatório do Programa de Avaliação de Estudantes (PISA) 2015, no Brasil:
- 43% das crianças e jovens no país já sofreram bullying na escola por razões como aparência física, etnia, gênero e orientação sexual;
- 9% foram classificados no estudos como vítimas frequentes de bullying;
- 7,8% disseram que são excluídos pelos colegas;
Já segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em pesquisa realizada em 2012, apontou:
- Praticar bullying nas escolas é mais comum nas instituições de ensino privadas (21,2% dos entrevistados disseram cometer agressões físicas e psicológicas contra seus colegas);
- A incidência de agressões é um pouco maior em escolas públicas (7,6%, em comparação a 6,5% das escolas particulares).
- A pesquisa também revelou que os meninos são maioria dos agressores, 24,2% dos meninos disseram já ter praticado bullying, enquanto entre as meninas a proporção é de 15,6%.
Propostas de Intervenção e Soluções
Um exemplo de escola modelo a ser seguido é do Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte, que após registrar casos de bullying entre os alunos, desenvolveu em maio de 2017 ação denominada “Baleia Vermelha”
A ação tem como finalidade de sensibilizar os alunos a dizer elogios e demostrar carinho pelo próximo, ao invés de ofensas. Nessas ações, muitos alunos também pediram desculpas pelo bullying já praticado. A dinâmica foi realizada da seguinte forma: com os olhos vendados, os alunos revelavam como se sentiam e as situações de violência sofridas no ambiente escolar.
Ao final da ação, tanto vítimas e agressores acabaram dentro de um grande abraço. Cada um se colocou no lugar do outro, e a sala começou a perceber quais brincadeiras “não eram legais”, disse o coordenador de orientação educacional da instituição, José Antônio de Andrade Neto.
Entrevista completa em: www.otempo.com.br/cidades/batalha-tem-que-ser-constante-1.1479514
Intervenções possíveis
- O Governo e as secretarias especiais de direitos humanos criarem campanhas de divulgação de informação sobre a Lei Antibulllying;
- O Ministério da Educação (MEC) e Universidades devem formar professores capacitados para identificar e lidar com o bullying nas escolas;
- As escolas devem abordar o tema em sala de aula, com enfoque a explicitar a gravidade do assunto e combater a agressão incentivando o compartilhamento de experiências, por vítimas e agressores, como vistas a incentivar a empatia;
- As ONGs devem dar apoio jurídico, social e psicológico ás vítimas de bullying.
Referências Externas
É interessante ao longo da escrita do texto, o aluno citar referências externas em relação ao tema. Sobre o bullying nas escolas, é possível citar citar o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que apesar de zelar pela integridade física e psicológico das crianças e adolescentes, a prática do bullying ainda é comum nas instituições de ensino brasileiras.
Além disso, também é possível citar a obra do sociólogo Pierre Bourdieu que aborda a questão da agressão exercida sem o uso da força física, mas que causa danos morais e psicológicos nas vítimas. Nesse sentido, é possível relacionar o poder simbólico com a agressão do bullying, pois também é um tipo de violência simbólica já que se apresenta como uma forma de coação que se apoia no reconhecimento de uma imposição determinada, socialmente, economicamente ou simbolicamente.
Tema de Redação: Bullying nas escolas brasileiras
A partir dos dados expostos aqui e dos seus conhecimentos adquiridos ao longo da sua formação escolar e de mundo, escreva um texto dissertativo-argumentativo, seguindo a norma padrão da língua portuguesa, sobre o seguinte tema:
“O desafio de combater á prática de bullying nas escolas brasileiras“
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Comentários
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