7 livros que você precisa conhecer antes do ENEM

Essas são obras clássicas da literatura que você precisa ficar atento nas questões de Linguagens.

Diferente dos vestibulares tradicionais, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) não apresenta uma seleção obrigatória de livros para os candidatos lerem. No entanto, alguns livros, sobretudo, os clássicos, estão sempre presentes nas provas. Logo, se você vai fazer o Enem 2020 não deve ignorar esses títulos, já que são bastante explorados nas questões.

Para ajudá-lo a se preparar para a prova e não ser surpreendido, listamos 7 obras literárias que têm muitas chances de aparecer na prova do Enem 2020. Além disso, você poderá ver um breve resumo de cada uma, de modo que essas informações o ajude a ter uma noção do assunto.

Livros para ler ou conhecer antes do Enem

Livros para ler ou conhecer antes do Enem 2020

1. Dom Casmurro, Machado de Assis

Dom Casmurro é um dos preferidos do Enem e está presente principalmente nas questões interpretativas. Trata-se de um realismo psicológico escrito por Machado de Assis, que também pode ser chamado de romance impressionista. Ele foi lançado em 1899, mas até hoje é bastante lido e explorado em provas e vestibulares.

Temos o livro inteiro narrado em primeira pessoa, tendo como personagem principal Bento Santiago. A estória gira em torno do relacionamento dele com Capitu e retrata os costumes da época, principalmente a moral, o caráter dos personagens e o ciúme, que está presente em toda a trama.

2. A Hora da Estrela, Clarice Lispector

A Hora da Estrela teve seu lançamento em 1977. É um romance escrito por Clarice Lispector, uma das escritoras brasileiras mais aclamadas de todos os tempos. Com uma narrativa impecável, o leitor sente como se todo o enredo estivesse ocorrendo agora mesmo.

A obra conta a história de Macabeá (ou melhor, suas desventuras), que é uma menina ingênua e sonhadora que saiu do nordeste e foi para o Rio de Janeiro em busca de novas culturas e experiências. Pode-se dizer que todo o enredo retrata a ingenuidade de Macabeá e seu esforço para sobreviver na cidade grande.

Vale a pena ressaltar que a autora utiliza uma linguagem moderna, cheia de frases anômalas, metáforas e associações inusitadas que fazem o leitor adentrar em uma viagem às profundezas do ser. Clarice Lispector é, de fato, uma escritora muito intensa, e em A Hora da Estrela não é diferente.

3. Estrela da Vida Inteira, Manuel Bandeira

Trata-se de uma coletânea de poesias completas em que Manuel Bandeira deixa a marca do estilo modernista. Por meio das suas poesias, o autor traz uma linguagem coloquial, caracterizada pela irreverência, verso simples e o registro das coisas mais simples do dia a dia.

Pode-se dizer, que a leitura de Estreça da Vida Inteira proporciona uma liberdade criadora por causa da simplicidade característica da obra. Ao longo da obra, é comum se deparar com temas como solidão, ironia, tristeza, descrença no sentido da vida.

Além disso, o autor mostra certa indignação com a poesia pré-fabricada e foca bastante em reflexões sobre a existência, utilizando a exploração de cenas e de imagens brasileiras.

Algumas poesias presentes na obra e que vale a pena interpretar para o Enem 2018 são:

  • Belo belo;
  • Mafuá do malungo;
  • Libertinagem;
  • A cinza das horas;
  • Lira dos cinquentanos;
  • Estrela da manhã;
  • O ritmo dissoluto;
  • Opus 10;
  • Estrela da tarde; e
  • Carnaval.

Estrela da Vida Inteira é de 1966 e seu gênero literário é poesia.

4. Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis

Outra obra de Machado de Assis bastante recorrente e que tem muita chance de estar na prova do Enem 2018. A obra é de 1881, um romance que retrata questões da época, como a escravidão, o positivismo, a luta de classes sociais e o cientificismo.

Assim como Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas também é considerada uma obra que antecede o Modernismo. o livro, o protagonista escreve suas memórias, mas depois de morto, ou seja, trata-se de um morto escrevendo sua própria história.

O autor utiliza uma linguagem realista e direta, com descrições bem detalhadas. Apesar dos personagens serem comuns, Machado de Assis lhes dedica um detalhamento psicológico profundo. A obra dialoga com o leitor (metalinguagem) em capítulos curtos e instigantes.

5. Laços de Família, Clarice Lispector

Laços de família é uma obra de 1960. Seu gênero literário é conto, pois é a junção de 13 contos que leva o leitor a interpretar o cotidiano de personagens comuns além das palavras escritas. É muito comum que o leitor se identifique com esses personagens, já que a escritora aguça a nossa sensibilidade por meio da linguagem.

Alguns contos presentes na obra que podem cair no Enem 2020 são:

  • O jantar;
  • Devaneio e embriaguez de uma rapariga;
  • Começos de uma fortuna;
  • O búfalo;
  • A imitação da rosa;
  • Feliz aniversário;
  • Amor;
  • Preciosidade;
  • Os laços de família;
  • O crime do professor de matemática;
  • Uma galinha;
  • Mistério em São Cristóvão.

6. Capitães de Areia, Jorge Amado

Neste romance proletário de Jorge Amado, vemos a história de um grupo de garotos que vivem perto do mar. São os capitães de areia. A obra traz como foco a condição humana e traz também uma forte crítica social. Jorge Amado escrevia o que via e não o que idealizava. Prova disso é que ela foi queimada em praça pública pela ditadura.

O autor utiliza notícias de jornal que falam sobre esses garotos, que são considerados um problema de criminalidade. Daí, é fácil notar que Capitães de Areia é um livro com forte apelo social e enredos construídos com base nas ações dos personagens.

Em Capitães de Areia o personagem principal é o coletivo, ou seja, os garotos que moravam no armazém velho e viviam um socialismo entre si. Este livro foi uma autêntica denúncia da situação de abandono e marginalização dos reformatórios.

7. Vidas Secas, Graciliano Ramos

Vidas Secas é uma obra modernista (segunda fase) lançada em 1938. Trata-se de um romance que retrata o regionalismo e traz críticas aos problemas sociais vigentes. Por esse motivo, é considerado um livro bastante reflexivo, inspirado na própria infância do autor.

A obra está escrita em terceira pessoa e é considerado um romance desmontável, ou seja, com capítulos independentes. Nela, nos deparamos com a seca e seu flagelo, num contexto de êxodo rural, de injustiça social e de uma família explorada não só pela seca, mas também por toda a geopolítica.

Ao ler Vidas Secas, o leitor se vê diante do drama nordestino e da fuga de famílias que vivem com o mínimo para sobreviver, e de uma classe dominante que os oprime.

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Formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UNIGRANDE (Centro Universitário da Grande Fortaleza), escreve artigos para os mais diversos veículos e nichos, em especial educação.

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