Primeira Revolução Industrial: o que foi, resumo e exercícios

Veja um resumo completo sobre o que foi a Revolução Industrial e como isso é abordados nas questões do Enem.

A Primeira Revolução Industrial foi marcada por intensas transformações na organização social, política e econômica. Ela foi à precursora de vários elementos que compõe a ordem contemporânea e virou um marco no início do desenvolvimento da economia capitalista.

É sempre importante considerar que a Primeira Revolução Industrial, como as revoluções subsequentes, é um produto de um processo histórico pautado em política institucional, acúmulo de riquezas e a organização social anterior e posterior as mudanças.

Primeira Revolução Industrial

O que foi a Primeira Revolução Industrial?

A Revolução Industrial, datada a partir da segunda metade do século 18 e especialmente presente na Inglaterra, foi memorizada pelo aperfeiçoamento da máquina a vapor, da transição do sistema doméstico, conhecido como sistema de guildas para o fabril e pelo grande êxodo populacional que marcou a transição de poder geopolítico do campo para a cidade.

É possível resumir a Revolução Industrial como o período pautado na centralização econômica na indústria, sendo a manufatura como o seu principal produto, na ascensão da burguesia como classe economicamente dominante, no progresso técnico-científico , por consequência, no acirramento do processo de secularização do Estado, e, finalmente, no surgimento da classe operária.

O pioneirismo Inglês na Primeira Revolução Industrial

No início do século 18, o processo industrial era incipiente na Inglaterra. Pequenas casas artesanais, produtoras de tecido de lã comumente, compunham o cenário, seus principais produtores eram famílias.

Essa forma de produção foi alterada drasticamente pela Revolução Comercial apoiada por uma série de fatores como os incentivos ao monopólio do comercio por Henrique VIII e Elizabeth I  até as políticas de Oliver Cromwell. Essas iniciativas pavimentaram o caminho para que a Inglaterra se tornasse uma grande potência marítima.

Ato de Navegação

A relação com os novos continentes que passavam a virar pontos de atração para o comércio baseado na exploração de recursos naturais e no uso intensivo de mão de obra escrava fez com que países possuidores de grandes frotas marítimas, que tinha um histórico anterior, desde o século 17 como grandes comerciantes passassem a serem os grandes protagonistas do comércio europeu nas Américas.

Esse é o caso dos holandeses e dos ingleses. Esses últimos foram bem sucedidos por conta da criação do Ato de Navegação, derivado da política de Cromwell (1599-1658). O que fortificou a marinha inglesa e consagrou a Inglaterra como principal potência comercial.

A revolução de 1688 e a vitória do liberalismo

A revolução de 1688, também conhecida como Revolução Gloriosa, pautou-se na defesa do protestantismo e das liberdades parlamentares e comerciais. O seu desfecho com a vitória parlamentar propiciou uma nova forma de arranjo político derivado da ascensão político-social dos comerciantes.

A revolução gloriosa auxiliou no desenvolvimento institucional de fundamentos liberais que orientariam o desenvolvimento industrial. O comerciante vira o principal agente da mudança e as transações comerciais são os intermediários para a conquista de status.

As contribuições da revolução, no âmbito econômico, foram a criação do Banco da Inglaterra e a Companhia das Índias, que auxiliariam no processo de expansão de mercados.

O cerceamento dos campos (Enclousure Acts)

A acumulação de capital proveniente da ausência de entraves aos comerciantes ingleses e do protecionismo permitiu a introdução de técnicas avançadas no campo que aumentavam a produtividade e demandavam cada vez menos a presença de mão de obra camponesa

Ademais, a ascensão inglesa como potência marítima permitiu para que a mesma pudesse exportar em larga escala suas principais manufaturas, em especial a lã.

A crescente demanda por lã fez com que expandisse a pecuária como principal atividade econômica e, portanto, para a criação dos pastos era necessário que o modelo de pastos comunais fosse substituído por grandes latifúndios guiados pelo uso intenso de técnicas e maquinarias.

O Êxodo Rural e o surgimento do operariado industrial

 A consequente aplicação de técnicas, muitas vezes desconhecidas pelos camponeses, e maquinarias no campo fez com que um grande contingente populacional expropriado de suas terras e desalentado de direitos e riquezas chegasse nas principais metrópoles inglesas, como Londres e Edimburgo.

A chegada massiva de camponeses com poucas condições de negociação perante seus potenciais patrões e incapacitados juridicamente de se organizarem coletivamente para exigir por melhores salários e condições trabalhistas, viram-se disputando entre si para a conquista de trabalhos em condições cada vez mais degradantes.

As Transformações da Primeira Revolução Industrial

O progressivo avanço comercial proporcionou um grande acúmulo de riquezas capaz de financiar várias técnicas e inventos que, se foram feitos para a geração de maior produtividade, mais tarde também foram capazes de modificar politicamente e socialmente.

A maior eficiência dos transportes devido a máquina a vapor facilitaram a comunicação e a imigração. Os grandes conglomerados urbanos se caracterizavam cada vez mais por uma composição de indivíduos de diversas origens, a maior facilidade na troca de informações propiciou a massificação das notícias, especialmente com o surgimento do telégrafo.

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