15 Questões sobre Brasil Colônia no Enem com gabarito

Resolva 15 questões sobre o período colonial Brasileiro com gabarito e resolução em vídeo para revisar o assunto.

O tópico Brasil Colônia é um dos mais abordados nas questões de História na prova do Enem. Tal fato deve-se que o período é um dos maiores da história do Brasil, compreendendo cerca de 300 anos.

Nesse sentido, é importante que o estudante que esteja preparando-se para a prova resolva o máximo de questões sobre o tema. Por isso, separamos 15 questões sobre Brasil Colônia no Enem com resolução.

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Resolva questões sobre Brasil Colônia no Enem

Questão 01

(ENEM 2021) De um lado, ancorados pela prática médica europeia, por outro, pela terapêutica indígena, com seu amplo uso da flora nativa, os jesuítas foram os reais iniciadores do exercício de uma medicina híbrida que se tornou marca do Brasil colonial. Alguns religiosos vinham de Portugal já versados nas artes de curar, mas a maioria aprendeu na prática diária as funções que deveriam ser atribuídas a um físico, cirurgião, barbeiro ou boticário.

GURGEL, C. Doenças e curas, o Brasil nos primeiros séculos. São Paulo. Contexto, 2010 (adaptado).

A) adoção de rituais místicos.

B) rejeição dos dogmas cristãos.

C) superação da tradição popular.

D) imposição da farmacologia nativa.

E) conjugação de saberes empíricos.

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Gabarito: Letra E.

Veja o vídeo de resolução da questão:


Questão 02

(ENEM 2021)

TEXTO I

15 Questões sobre Brasil Colônia no Enem com gabarito
Imagem (Reprodução Enem/INEP)

TEXTO II

A repugnante tarefa de carregar lixo e os dejetos da casa para as praças e praias era geralmente destinada ao único escravo da família ou ao menor status ou valor. Todas as noites, depois da dez horas, os escrevos conhecidos popularmente como “tigres” levavam tubos ou barris de excremento e lixo sobre a cabeça pelas ruas do Rio. 

KARASCH, M. C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro, 1808 – 1850. Rio de Janeiro: Cia das Letras. 2000.

A ação representada na imagem e descrita no texto evidencia uma prática do cotidiano nas cidades no Brasil nos séculos XVIII e XIX caracterizada pela

A) valorização do trabalho braçal.

B) reiteração das hierarquias sociais.

C) sacralização das atividades laborais.

D) superação das exclusões econômicas.

E) ressignificação das heranças religiosas.

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Gabarito: Letra B.

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Questão 03

(ENEM 2021)

Eu, Dom Joao, Pela graça de Deus, faço saber a V. Mercê que me aprouve banir para essa cidade vários ciganos – homens, mulheres, e crianças – devido ao seu escandaloso procedimento neste reino. Tiveram ordem de seguir em diversos navios destinados a esse porto e, tendo eu proibido, por lei recente, o uso da sua língua habitual, ordeno a V. Mercê que cumpra essa lei sob ameaça de penalidades, não permitindo que ensinem dita língua a seus filhos, de maneira que daqui por diante o seu uso desapareça.

TEIXEIRA, R. C. Hístória dos ciganos no Brasil. Recife. Núcleo de Estudos Ciganos, 2008.

A ordem emanada da Coroa portuguesa para sua colônia americana, em 1718, apresentava um tratamento da identidade cultural pautado em

A) converter grupos infiéis à religião oficial.

B) suprimir formas divergentes de interação social.

C) evitar envolvimento estrangeiro na economia local.

D) reprimir indivíduos engajados em revoltas nativistas.

E) controlar manifestações artísticas de comunidades autóctones.

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Gabarito: Letra B.

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Questão 04

(ENEM 2020) Porque todos confessamos não se pode viver sem alguns escravos, que busquem a lenha e a água, e façam cada dia o pão que se come, e outros serviços que não são possíveis poderem-se fazer pelos Irmãos Jesuítas, máxime sendo tão poucos, que seria necessário deixar as confissões e tudo mais. Parece-me que a Companhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, justamente, por meios que as Constituições permitem, quando puder para nossos colégios e casas de meninos.

LEITE, S. História da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1938 (adaptado).

O texto explicita premissas da expansão ultramarina portuguesa ao buscar justificar a

A) propagação do ideário cristão.

B) valorização do trabalho braçal.

C) adoção do cativeiro na Colônia.

D) adesão ao ascetismo contemplativo.

E) alfabetização dos indígenas nas Missões.

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Gabarito: Letra C.

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Questão 05

(ENEM 2019) O processamento da mandioca era uma atividade já realizada pelos nativos que viviam no Brasil antes da chegada de portugueses e africanos. Entretanto, ao longo do processo de colonização portuguesa, a produção de farinha foi aperfeiçoada e ampliada, tornando-se lugar comum em todo o território da colônia portuguesa na América. Com a consolidação do comércio atlântico em suas diferentes conexões, a farinha atravessou os mares e chegou aos mercados africanos.

BEZERRA, N. R. Escravidão, farinha e tráfico atlântico: um novo olhar sobre as relações entre o Rio de Janeiro e Benguela (1790 – 1830) Disponível em www.bn.br. Acesso em 20 ago. 2014 (adaptado)

Considerando a formação do espaço atlântico, esse produto exemplifica historicamente a

A) Difusão de hábitos alimentares

B) Disseminação de rituais festivos

C) Ampliação dos saberes autóctones

D) Apropriação de costumes guerreiros

E) Diversificação de oferendas religiosas.

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Gabarito: Letra A.

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Questão 06

(ENEM 2022) Para os Impérios Coloniais, o problema das doenças que atingiam os escravos era algo com que cotidianamente deparavam os senhores. Em vista disso, uma série de obras dedicadas à administração de escravos foi publicada com vista a implementar uma moderna gestão da mão de obra escravista em convergência com O Iluminismo. Nesse contexto, o saber médico adquiria um papel extremamente relevante. Este era encarado como um instrumento fundamental ao desenvolvimento colonial, dada a percepção do impacto que as doenças tropicais causavam na população branca e nos povos escravizados.

ABREU, J. L. N. A Colônia enferma e a saúde dos povos: a medicina das “luzes” e as informações sobre as enfermidades da América portuguesa. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, n. 3, jul.-set. 2007 (adaptado).

De acordo com o texto, a importância da medicina se justifica no âmbito dos objetivos

A) econômicos das elites.

B) naturalistas dos viajantes.

C) abolicionistas dos letrados.

D) tradicionalistas dos nativos.

E) emancipadores das metrópoles.

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Gabarito: Letra A.

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Questão 07

(ENEM 2022) Em Vitória (ES), no bairro Goiabeiras, encontramos as paneleiras, mulheres que são conhecidas pelos saberes/fazeres das tradicionais panelas de barro, ícones da culinária capixaba. A tradição passada de mãe para filha é de origem indígena e sofreu influência de outras etnias, como a afro e a luso. Dessa mistura, acredita-se que a fabricação das panelas de barro já tenha 400 anos. A fabricação das panelas de barro se dá em várias etapas, desde a obtenção de matéria-prima à confecção das panelas. As matérias-primas tradicionalmente utilizadas são provenientes do meio natural, como: argila, retirada do barreiro no Vale do Mulembá; madeira, atualmente proveniente das sobras da construção civil; e tinta, extraída da casca do manguezal, o popular mangue-vermelho.

TRISTÃO, M. A educação ambiental e o pós-colonialismo. Revista de Educação, n. 53, ago. 2014. 

Uma característica de práticas tradicionais como a exemplificada no texto é vinculação entre os recursos do mundo natural e a

A) manutenção dos modos de vida.

B) conservação dos plantios da roça.

C) atualização do modelo de gestão.

D) participação na sociedade de consumo.

E) especialização nas etapas de produção.

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Gabarito: Letra A.

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Questão 08

(ENEM 2018) Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas na Colônia eram os objetos conhecidos como “bolsa de mandinga”. A insegurança tanto física como espiritual gerava uma necessidade generalizada de proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros, etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até atrais mulheres, o costume era corrente nas primeiras décadas do século XVIII, envolvendo não apenas escravos, mas também homens brancos.

CALAJINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa das Palavras, 2013 (ADAPTAÇÃO)

A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava um(a):

A) expressão do valor das festividades da população pobre.

B) ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado.

C) estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa.

D) elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano.

E) instrumento para minimizar o sentimento de desamparo social.

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Gabarito: Letra E.

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Questão 09

(ENEM 2018) A rebelião luso-brasileira em Pernambuco começou a ser urdida em 1644 e explodiu em 13 de junho de 1645 , dia de Santo Antônio. Uma das primeiras medidas de  João Fernandes foi decretar nulas as dividas que os rebeldes tinham com os holandeses. Houve grande adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada com esta proclamação heroica.

VANFAS, R. Guerra declarada e paz fingida na restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009.

O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa seiscentista foi o resultado do(a)


A) Fraqueza bélica dos protestantes batavos.

B) Comércio transatlântico da África ocidental.

C) Auxílio financeiro dos negociantes flamengos.

D) Diplomacia internacional dos Estados ibéricos.

E) Interesse econômico dos senhores de engenho.

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Gabarito: Letra E.

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Questão 10

(ENEM 2018)

TEXTO I:  E pois que em outra cousa nesta parte me não posso vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de Cristo Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a esta terra o nome que com tanta solenidade lhe foi posto, sob pena de a mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia final, os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela. 

BARROS, J. In: SOUZA, L M. Inferno atlântico: demonologia e colonização: séculos XVI-XVIII. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.

TEXTO II: E deste modo se hão os povoadores, os quais, por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas e bens que possuem souberam falar, também lhes houveram de ensinar a dizer como os papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para Portugal, porque tudo querem para lá.

SALVADOR. F. V In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.

As críticas desses cronistas ao processo de colonização portuguesa na América estavam relacionadas à

A) utilização do trabalho escravo.

B) implantação de polos urbanos.

C) devastação de áreas naturais.

D) ocupação de terras indígenas.

E) expropriação de riquezas locais.

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Gabarito: Letra E.

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Questão 11

(ENEM 2017)  Sou filho natural de uma negra, africana livre, da Costa da Mina (Nagô de Nação), de nome Luiza Mahin, pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã. Minha mãe era baixa de estatura, magra, bonita, a cor era de um preto retinto e sem lustro, tinha os dentes alvíssimos como a neve, era muito altiva, geniosa, insofrida. Dava-se ao comércio — era quitandeira, muito laboriosa e, mais de uma vez, na Bahia, foi presa como suspeita de envolver-se em planos de insurreição de escravos que não tiveram efeito.

AZEVEDO, E.. “Lá vai verso!”: Luiz Gama e as primeiras trovas burlescas de Getulino. In: CHALHOUB, S.; PEREIRA, L. A. M. A história contada: capítulos de história social da literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1998 (adaptado).

Nesse trecho de suas memórias, Luiz Gama ressalta a importância dos(as)

A) laços de solidariedade familiar.

B) estratégias de resistência cultural..

C) mecanismos de hierarquização tribal.

D) instrumentos de dominação religiosa.

E) limites da concessão de alforria.

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Gabarito: Letra B.

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Questão 12

(ENEM 2016) O que ocorreu na Bahia de 1798, ao contrário das outras situações de contestação política na América portuguesa, é que o projeto que lhe era subjacente não tocou somente na condição, ou no instrumento, da integração subordinada das colônias no império luso. Dessa feita, ao contrário do que se deu nas Minas Gerais (1789), a sedição avançou sobre a sua decorrência.

JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000.

A diferença entre as sedições abordadas no texto encontrava-se na pretensão de

A) eliminar a hierarquia militar.

B) abolir a escravidão africana.

C) anular o domínio metropolitano.

D) suprimir a propriedade fundiária.

E) extinguir o absolutismo monárquico.

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Gabarito: Letra B.

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Questão 13

(ENEM – 2016 / 2ª aplicação) As convicções religiosas dos escravos eram entretanto colocadas a duras provas quando de sua chegada ao Novo Mundo, onde eram batizados obrigatoriamente “para a salvação de sua alma” e deviam curvar-se às doutrinas religiosas de seus mestres. lemanjá, mãe de numerosos outros orixás, foi sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, e Nanã Buruku, a mais idosa das divindades das águas, foi comparada a Sant’Ana, mãe da Virgem Maria.  

VERGER, P. Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo. São Paulo: Corrupio, 1981.

O sincretismo religioso no Brasil colônia foi uma estratégia utilizada pelos negros escravizados para

A) compreender o papel do sagrado para a cultura europeia.

B) garantir a aceitação pelas comunidades dos convertidos.

C) preservar as crenças e a sua relação com o sagrado.

D) integrar as distintas culturas no Novo Mundo.

E) possibilitar a adoração de santos católicos.

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Gabarito: Letra C.

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Questão 14

(ENEM – 2016 / 2ª aplicação) Quando a Corte chegou ao Rio de Janeiro, a Colônia tinha acabado de passar por uma explosão populacional. Em pouco mais de cem anos, o número de habitantes aumentara dez vezes.  

GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil.

São Paulo: Planeta do Brasil, 2008 (adaptado).

A alteração demográfica destacada no período teve como causa a atividade

A) cafeeira, com a atração da imigração europeia.

B) industrial, com a intensificação do êxodo rural.

C) mineradora, com a ampliação do tráfico africano.

D) canavieira, com o aumento do apresamento indígena.

E) manufatureira, com a incorporação do trabalho assalariado.

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Gabarito: Letra C.

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Questão 15

(ENEM 2014 / 2ª aplicação) Os holandeses desembarcaram em Pernambuco no ano de 1630, em nome da Companhia das Índias Ocidentais (WIC), e foram aos poucos ocupando a costa que ia da foz do Rio São Francisco ao Maranhão, no atual Nordeste brasileiro. Eles chegaram ao ponto de destruir Olinda, antiga sede da capitania de Duarte Coelho, para erguer no Recife uma pequena Amsterdã.

NASCIMENTO, R. L. X. A toque de caixas. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 6, n. 70, jul. 2011.

Do ponto de vista econômico, as razões que levaram os holandeses a invadirem o nordeste da Colônia decorriam do fato de que essa região

A) era a mais importante área produtora de açúcar na América portuguesa.  

B) possuía as mais ricas matas de pau-brasil no litoral das Américas.  

C) contava com o porto mais estratégico para a navegação no Atlântico Sul.  

D) representava o principal entreposto de escravos africanos para as Américas.  

E) constituía um reduto de ricos comerciantes de açúcar de origem judaica.  

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Gabarito: Letra A.

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Formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UNIGRANDE (Centro Universitário da Grande Fortaleza), escreve artigos para os mais diversos veículos e nichos, em especial educação.

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