O período de colonização no Brasil é um dos assuntos mais cobrados no Enem. A época colonial brasileira compreende cerca de 300 anos. Portanto, tem muita história. Para te ajudar, fizemos o resumo de 5 tópicos sobre colonização brasileira que você não pode deixar de estudar para o exame. Veja a seguir.
5 tópicos mais importantes sobre a Colonização Brasileira
1. Período Pré-Colonial
O Brasil foi descoberto, inesperadamente, em 1500, durante as Grandes Navegações portuguesas. O objetivo dessa aventura náutica era, na verdade, encontrar novas rotas de acesso com o Oriente para o comércio de especiarias. Além de Portugal, diversos países europeus também participaram dessa expansão Marítima.
O navegador português que descobriu o território brasileiro foi Pedro Vaz de Caminha. Contudo, na época da descoberta, todos os esforços de Portugal estavam voltados para o comércio com a Índia. Em 1498, o explorador lusitano Vasco da Gama havia encontrado um caminho para o país asiático.
Portanto, nos primeiros anos de descoberta do Brasil, não houve interesse dos portugueses em explorar as novas terras. Afinal, era mais lucrativo investir no mercado que se formava com os países orientais.
Até por volta de 1530, o contato de Portugal com o Brasil era exclusivamente para a extração da madeira de pau-brasil. Os indígenas faziam este trabalho em troca de utensílios e objetos que os portugueses ofereciam. Essa relação de trabalho ficou conhecida como escambo.
Uma vez que o Brasil não foi efetivamente ocupado por Portugal, houveram várias tentativas de invasão nesse período. França, Holanda e Inglaterra foram alguns dos países invasores. Por causa disso, a Coroa portuguesa começou a sentir necessidade de proteção.
Além disso, em 1530, o comércio português com a Índia começou a entrar em declínio. Esse foi o pontapé inicial para que o rei de Portugal, D. João III, decidisse iniciar a colonização brasileira.
2. Ciclo da Cana de Açúcar
Assim ficou conhecida a primeira fase do Período Colonial brasileiro, quando a produção de cana de açúcar em massa tomou conta do território. A ideia da Coroa Portuguesa era que, com o cultivo da planta, a colonização brasileira se consolidaria.
Para isso, o território brasileiro foi dividido em 15 faixas, que iam do litoral até o limite imposto pelo Tratado de Tordesilhas. As capitanias hereditárias, como foram nomeadas, eram oferecidas à nobreza lusitana, que as explorava por conta própria. Essa foi uma solução inteligente do Estado, que povoou as terras sem altos custos.
Entretanto, as coisas não funcionaram dentro do esperado. Poucas capitanias foram ocupadas, mantendo o problema inicial. Dessa forma, D. João III pensou que seria melhor centralizar a administração da colônia. Assim teve início a época do Governo Central, sendo Tomé de Souza o primeiro governador-geral do Brasil.
Com os governos gerais, a economia – ainda baseada exclusivamente na cana de açúcar – foi estruturada. Engenhos de açúcar foram montados e a produção de cana seguia o sistema plantation, que tinha como pilares a monocultura e a mão de obra escrava.
Na consolidação dessa economia da cana de açúcar, os holandeses tiveram um papel fundamental. Primeiramente, eles faziam empréstimos para os portugueses fazerem o cultivo. Além disso, também compravam a maior parte da matéria prima para refinar e vender o açúcar.
Entretanto, em meados do século XVII, os holandeses foram expulsos do território brasileiro. Houveram diversas tentativas – frustradas – de invadir o país, até que eles conquistassem o Caribe. A partir daí então, começaram a produzir sua própria cana de açúcar.
Diante dessa situação, os portugueses perderam seu principal comprador. Mas não foi só isso. Os holandeses dominaram o comércio do produto na Europa. Sendo assim, a economia do Brasil entrou em crise e foi necessário encontrar outros caminhos.
3. Entradas e Bandeiras
No início da colonização brasileira, os portugueses pouco sabiam sobre o interior do Brasil. Vindos da Europa em navegações, eles logo se alojavam no litoral. Ainda existia muito território para ser conhecido e desbravado.
Por isso, entre os séculos XVII e XVIII, a Coroa Portuguesa financiou excursões para explorar as terras desconhecidas. As Entradas tinham como principal objetivo delas mapear o território e expandir a colonização. Elas eram as expedições oficiais e respeitavam os limites do Tratado de Tordesilhas.
Entretanto, existiam também a expedições não oficiais, custeadas por empreendedores particulares ou secretamente pela Coroa. As Bandeiras, como são chamadas, não respeitavam o Tratado de Tordesilhas.
Tanto as Entradas quanto as Bandeiras colaboraram na expansão da colonização aprisionando povos indígenas rebeldes e também invasores europeus. Mas, além disso, descobriram a existência de ouro e pedras preciosas. Essa descoberta foi essencial para a nova fase do Período Colonial brasileiro.
4. Jesuítas
Os jesuítas eram padres vinculados à Companhia de Jesus, organização que tinha como objetivo levar a fé católica pelo mundo. Eles chegaram ao Brasil em 1549, junto com o primeiro governador geral do Brasil colônia.
A cristianização dos povos nativos foi fundamental para Portugal conseguir consolidar a colonização. Entretanto, os jesuítas foram responsáveis por minar a diversidade cultural. Eles pregavam valores europeus e ensinavam os índios a se comportar como os portugueses.
Dessa forma, os jesuítas introduziram a rotina de trabalho europeia. Isso despertava o interesse dos bandeirantes que capturavam índios para vender como escravos.
Além disso, esses padres foram os fundadores das primeiras instituições de ensino no Brasil. Portanto, não havia educação laica.
5. Ciclo do Ouro
Com o declínio da economia açucareira e a descoberta do ouro em território brasileiro, a extração do minério tornou-se a principal atividade dessa fase colonial. As primeiras concentrações do precioso metal foram encontradas em Minas Gerais.
A fim de manter controle sobre a exploração, Portugal criou a Casa de Fundição para recolher impostos sobre o ouro. Além disso, o ouro extraído era marcado com um selo oficial que lhe dava legitimidade a fim de evitar contrabando e sonegação.
Em busca do ouro, houve um crescimento enorme na quantidade de pessoas na região. Esse aumento populacional e, consequentemente, a troca cultural, trouxe ao Brasil as ideias iluministas que rondavam a Europa.
Com essa exploração massiva, logo o mineral tornou-se escasso, na segunda metade do século XVIII. Ainda assim, Portugal não deixou de taxar a extração, inclusive impondo tributos ainda mais pesados.
Nessa época, por volta de 1640, o país lusitano estava em guerra com a Espanha e contava somente com a renda do Brasil. Os principais impostos cobrados eram:
- Quinto: 20% de todo o ouro extraído era destinado ao rei de Portugal;
- Derrama: Cerca de 1.500 quilos de ouro deveria ser entregue a colônia por ano. Caso não fosse alcançada a meta, os senhores tinham seu bens penhorados;
- Capitação: O senhor deveria pagar por cada escravo que trabalhava em suas minas.
Não demorou muito para que a população da colônia portuguesa se revoltasse com a Coroa. Os ideais iluministas e a exploração da Coroa deram início a diversas revoluções ao longo dos anos. Inicialmente, as revoltas foram contra os abusos, mas não demorou para que se tornassem separatistas e contrárias à dominação portuguesa.
O fim do Período Colonial no Brasil se deu com a chegada da Família Real portuguesa ao país, em 1808.
Depois desse resumo, deu para ter uma boa noção do que se passou no Brasil durante esses 300 anos de colonização brasileira. Agora que você revisou o conteúdo, faça alguns exercícios sobre o assunto para fixar a matéria.
No site Foco no Enem, você encontra outras revisões para a prova.
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