A próxima edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) acontecerá nos dias 21 e 28 de novembro, contando com a presença de 3.109.762 candidatos que tiveram a inscrição confirmada. Atualmente, a prova é a principal porta de entrada para faculdades e universidades brasileiras, principalmente as federais. Mas, para que isso aconteça, o aluno deve ter um desempenho suficiente para garantir sua vaga no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). E é aqui que entra a importância de saber como a nota do enem é calculada.
Apesar de ter o formato de um vestibular comum, composto por 180 perguntas de múltipla escolha, o processo de contagem de nota do Enem leva muitos candidatos à dúvida. Eles podem se perguntar por que as pessoas que acertam todas as questões não obtêm a nota máxima de mil pontos, ou por que quem erra todos os testes dificilmente zera o exame. O questionamento também pode surgir quando o estudante percebe que acertou mais questões do que na última edição, mas mesmo assim obteve uma nota igual ou inferior a outra.
Como a nota do Enem é calculada?
Segundo o manual de correção publicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o cálculo do resultado é feito a partir da Teoria de Resposta ao Item (TRI). Isso significa que as questões possuem pesos diferentes que irão ser contabilizados de maneira distinta pelo sistema. O teste também leva em consideração a coerência das respostas.
Na prática, a metodologia é uma forma de driblar os acertos causados por “chutes” – isto é, perguntas que foram corretamente respondidas por mera questão de sorte. Para que isso seja possível, a prova é composta por perguntas de nível “fácil”, “médio” e “difícil”. Essa medição de dificuldade será importante para que a nota final reflita de maneira mais fiel possível o nível de conhecimento do candidato.
Quando o estudante acerta uma questão considerada “fácil” e erra uma questão considerada “difícil”, a prova entende que o desempenho do aluno foi coerente, aumentando sua nota individual pela pergunta acertada.
Já quando o candidato erra uma questão “fácil”, mas acerta uma pergunta “difícil”, o sistema contabiliza o acerto como se fosse um chute, reduzindo o valor da nota. Nessa dinâmica, as questões de nível “médio” acabam cumprindo a função de ajustar a balança para um lado ou para o outro.
Apesar de parecer confuso em um primeiro momento, essa lógica traz uma série de benefícios para os estudantes. Entre elas, uma avaliação individual do conhecimento do aluno e uma distribuição mais justa e coerente de vagas.
O TRI também faz do Enem um exame mais acessível, já que acaba reconhecendo que o domínio de alguns conteúdos básicos é mais importante do que o de tópicos avançados.
Então,qual a melhor estratégia para se beneficiar do sistema de TRI?
Uma vez ciente do modo de funcionamento do TRI, o aluno deve começar a pensar em uma estratégia eficaz que melhore seu desempenho final na prova. Com a variação de pesos entre as questões, não é importante apenas acertar o máximo de perguntas possíveis, como também garantir o acerto das perguntas certas.
Veja algumas dicas:
- Foque nas perguntas fáceis: errar as questões avaliadas como “fáceis” irá atrapalhar a nota final do aluno, fazendo com que o sistema desconte pontos das questões “difíceis”. Assim, o candidato deve garantir o melhor desempenho possível nas perguntas mais simples da prova;
- Chute com sabedoria: o conselho pode parecer estranho, mas faz sentido. O TRI é capaz de avaliar a opção escolhida mesmo quando ela estiver errada. Assim, se não souber a resposta, escolha a que parecer minimamente coerente, descartando os erros gritantes;
- Nunca deixe perguntas em branco: pior do que errar uma questão é deixá-la sem resposta. O TRI avalia isso como incoerência, abaixando a nota na prova da disciplina e na prova geral.
Quais são as notas médias da última edição do Enem?
Algumas vezes, só o número da nota não é capaz de esclarecer para os candidatos menos experientes qual foi a dimensão do seu desempenho no Enem. Para isso, vale a pena conferir as médias dos estudantes na última edição da prova realizada em 2020. Dessa forma ficará mais fácil comparar os resultados e avaliar as chances de ingresso no ensino superior.
Veja as médias do Enem 2020 divulgadas pelo Inep:
Linguagens:
- Nota média: 523,98
- Nota mínima: 288,7
- Nota máxima: 801,1
Ciências humanas:
- Nota média: 511,64
- Nota mínima: 313,7
- Nota máxima: 862,6
Ciências da natureza:
- Nota média: 490,39
- Nota mínima: 323,8
- Nota máxima: 854,8
Matemática:
- Nota média: 520,73
- Nota mínima: 327,1
- Nota máxima: 975,0
Agora que você já sabe como a nota do Enem é calculada, foque em resolver questões fáceis e médias para alavancar seu desempenho na prova. Para isso, conte com nossos materiais em PDF gratuitos que disponibilizamos em nosso site.
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