As questões de matemática financeira fazem parte dos conteúdos exigidos pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo a última edição do Coletânea Enem, levantamento desenvolvido pelo Sistema de Ensino Poliedro, o tema é o segundo que mais aparece na disciplina, compondo cerca de 7,2% da prova – o equivalente a três ou quatro perguntas. O assunto só fica atrás das equações de 1° e 2° graus, que representam 15,6% do exame.
A alta incidência do assunto tem um motivo. A matemática financeira é uma das mais usadas no dia a dia, já que aborda situações relacionadas a pagamentos e transações financeiras. Para se ter uma noção, o assunto engloba termos e fórmulas relacionados a juros simples, juros compostos, pagamentos de mesmo valor (PMT), valor presente (PV), porcentagem e frações.
Por esse mesmo motivo, as questões de matemática financeira costumam trazer abordagens indiretas em forma de problemas. Assim, é importante que o aluno domine tanto a lógica do assunto quanto a interpretação de texto.
Desde 2009, o Enem é composto por 180 questões distribuídas entre quatro disciplinas: linguagens, ciências humanas, matemática e ciências da natureza. Cada uma delas abrange o conteúdo de 45 perguntas que serão distribuídas ao longo de dois dias de prova. Este ano, a 13º edição do exame acontecerá nos dias 21 e 28 de novembro.
O que é matemática financeira?
A matemática financeira compreende o estudo dos fenômenos relacionados ao mundo das finanças. Em outras palavras, o tema aborda o comportamento de uma determinada quantia de dinheiro ao longo de um suposto período de tempo.
Na prática, o assunto está presente em promoções onde o desconto é calculado com base em uma porcentagem, ou ainda quando as parcelas de um empréstimo são submetidas a juros. Renegociações de dívidas e investimentos também estão inseridos nessa área. Além disso, o tema também pode se relacionar com outras disciplinas como a geografia e a sociologia, principalmente quando pensamos em economia e mercado internacional.
Assim, a matemática financeira é importante não só para que os alunos possam ter um bom desempenho no Enem, mas também para formar cidadãos que saibam cuidar das suas finanças.
Matemática financeira no Enem: como estudar?
Como dito acima, a matemática financeira é um dos assuntos mais explorados pelo Enem na prova de ciências exatas. Para aprofundar os estudos neste tema, existem algumas dicas que são capazes de fazer a diferença no desempenho da prova. Veja quais são elas:
- Entenda a prática: se a matemática financeira faz parte do nosso cotidiano, nada melhor do que entender em quais situações ela é exigida e como se dá seu uso na prática. Vale a pena pesquisar um pouco sobre educação financeira, economia internacional e até dicas de empreendedorismo para quem cuida das finanças de uma empresa, por exemplo. Se acostumar com os termos e com a usabilidade do assunto podem economizar tempo de raciocínio na hora da prova;
- Não foque em decorar as fórmulas: confiar a resolução das perguntas em fórmulas que podem ser facilmente esquecidas ou confundidas diante do nervosismo do vestibular não é uma boa ideia. Lembre-se que toda fórmula esconde uma lógica por trás, e é isso que deve ser o foco dos estudos. Se sentir dificuldades, tente associar os tema à letras de músicas e frases engraçadas – essa também é uma boa tática para driblar a memória;
- Estude o máximo que conseguir: não existe dica de estudo melhor do que a dedicação, o foco e a disciplina. Todos os conselhos e técnicas só serão úteis se os estudantes aplicarem seus esforços para compreender os conteúdos da prova. Resolver as questões na prática é uma das melhores formas de garantir que as aulas estão sendo fixadas na mente.
Principais fórmulas
Por ser um assunto frequentemente relacionado ao dia a dia de transações e trocas em dinheiro, a matemática financeira possui fórmulas bastante dedutíveis. No entanto, o candidato deve estar disposto a compreender o raciocínio por trás do conteúdo.
Confira os principais assuntos e as fórmulas presentes nas questões de matemática financeira do Enem:
Juros simples e juros compostos
O tema pode aparecer em questões relacionadas a empréstimo, compras à prestação e outras transações bancárias. Nas fórmulas, J = juros, C = capital, i = taxa de juros, t = tempo, M = montante.
Juros simples: J = C. i. t
Juros compostos: M = C. ( 1 + i)^t
PMT e PV
Os termos “pagamentos de mesmo valor” e “valor presente” fazem parte do ambiente corporativo e também de investimentos como o Tesouro Direto. Ambos são usados para o cálculo do pagamento periódico de um investimento anual.
Na fórmula, PMT = pagamentos do mesmo valor, PV = valor presente, i = taxa de juros e n = número de períodos.
PMT = PV. [(1+i)^n . i/(1+i)^n – 1]
Porcentagem
O assunto mais comum da porcentagem financeira sem dúvidas é a porcentagem. Ela pode ser usada em perguntas sobre descontos, acréscimos e partes, entre outras. Felizmente, sua fórmula também é uma das mais fáceis.
Nela, p% = porcentagem e p = valor parcial
p% = p/100
Frações
As frações compreendem qualquer questão que envolva divisões de partes. Por ser uma forma de expressar segregação de valores, com elas é possível realizar as quatro operações básicas da matemática: soma, subtração, divisão e multiplicação.
Agora que você leu tudo isso é hora de colocar os ensinamentos em prática. O Foco no Enem reuniu 50 questões de matemática financeira em PDF para facilitar a vida dos estudantes. Todas as perguntas foram tiradas de edições anteriores do Enem e possuem o gabarito anexado. Bons estudos!
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