6 Temas de Redação sobre Educação para o Enem

Veja 6 temas do eixo de educação que podem ser temas de Redação do Enem.

Temas de redação sobre educação são muito recorrentes nas mais diversas provas do país, inclusive no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As inúmeras transformações na sociedade deram para os assuntos educacionais uma maior urgência em movimentar discussões que não fiquem restritas somente ao ambiente escolar. 

São inúmeras as problemáticas que as temáticas ligadas à educação geram. As mudanças nas formas de ensino, que está cada vez mais voltada para o desenvolvimento humanístico dos alunos, evidenciam pautas que abordam questões que visam, principalmente, promover a reflexão acerca da cidadania e de ações que gerem a inclusão de todas as pessoas no convívio social.

Possíveis temas de Redação Sobre Educação

Como nos últimos anos os assuntos ligados à educação ganharam um maior destaque entre a população brasileira, neste artigo, selecionamos algumas temáticas que estão inseridas nos diversos debates educacionais e que também podem vir a ser abordados como possíveis temas de Redação do Enem.  Confira!

Veja temas de Redação sobre Educação para o Enem
A educação é um dos eixos temáticos que podem ser abordados na Redação do Enem. (Imagem/Reprodução).

1. Homeschooling: educação domiciliar

A expressão de origem inglesa, Homeschooling, significa “educação escolar em casa”. A ideia consiste em um modelo de ensino que seja provida pelos pais dos alunos, ou seja, ao invés da criança ou adolescente frequentar uma escola tradicional, elas passariam a estudar com os seus responsáveis, ou através da terceirização deste serviço, contando com a participação de tutores e professores particulares.

A educação em domicílio é comum em países, como os Estados Unidos, no qual 3% dos estudantes estão inseridos no ensino modelo homeschooling. Porém com a pandemia de 2020, a prática da educação doméstica ganhou adeptos também no Brasil e trouxe para a discussão outros importantes pontos a serem considerados, mesmo que ainda seja ilegal no país.

Principais pontos positivos:

  • A participação ativa dos pais no aprendizado e nos valores ensinados aos seus filhos;
  • Uma abordagem de ensino personalizada de acordo com o perfil do estudante;  
  • Maior liberdade enquanto aos conteúdos a serem ministrados.

Essas são algumas das vantagens que o homeschooling pode apresentar, de acordo com as pessoas que são favoráveis à prática.

Porém a educação escolar em casa não fica a salvo de críticas. A exigência de que os pais possuam ensino superior e que os alunos do homeschooling passem por avaliações promovidas pelo próprio estado são frequentes entre as pessoas que não concordam com o modelo de ensino no Brasil.

Outros fatos que mostram a não urgência da implementação do novo modelo educacional no país são as falhas que ainda não foram corrigidas no sistema de ensino atual, que revelam que este modelo de educação é voltado para uma parcela financeiramente privilegiada da sociedade.

2. Preconceito linguístico

A variação linguística é um processo natural que acontece em todas as línguas. Ela é fruto tanto de questões regionais quanto de questões estabelecidas pelas relações do cotidiano e das diferentes vivências sociais.

Porém, desde a infância, somos expostos a um certo preconceito que estabelece padrões completamente limitados, principalmente, à língua falada. Ou seja, mesmo que a mensagem ainda seja totalmente compreendida por todos os interlocutores de uma conversa, pequenos desvios que fogem da norma culta, cometidos pelo locutor, são julgados de forma pejorativa. 

Esse comportamento nocivo reflete no silenciamento de diversos grupos sociais, além de provocar insegurança no ato de se comunicar. Por isso é de extrema importância entender que a língua portuguesa, assim como todas as outras, são dinâmicas e estão sujeitas a passarem por diversos processos de transformação.

Os estudos sociolinguísticos (ciência que estuda a relação entre a língua e a sociedade) definem que não há apenas uma forma correta de falar e por isso que este pensamento exclusor precisa ser deixado de lado, para que a sociedade possa compreender que a língua de um país é uma expressão cultural  dotada de pluralidade e diversidade. 

3. Bullying e cyberbullying

O Bullying pode ser definido como um comportamento agressivo, repetitivo que inferioriza, ridiculariza e causa dor em alguém sem um motivo aparente. Esta perigosa prática é muito comum em ambientes onde crianças e jovens tendem a estabelecer relações de convívio diário, como na escola, por exemplo. Porém com o avanço da tecnologia e o surgimento de diversas redes de comunicação esta prática foi também levada para os ambientes virtuais.

No Brasil, a Lei 13.185/2015 determina que o Bullying e o Cyberbullying não podem ser naturalizados na sociedade, além de que as intuições de ensino devem se responsabilizar e agir diretamente no combate da tal prática, através da:

  • Discussão do assunto com os alunos em sala de aula;
  • Envio de relatórios ao MEC relatando casos de Bullying e Cyberbullying na instituição de ensino;
  • Notificação dos casos aos pais dos alunos.

Porém essa lei não é punitiva, o que reduz e interfere diretamente na sua eficiência em todo território brasileiro e, principalmente, no ambiente escolar.

4. Influência dos meios de comunicação na educação

Os meios de comunicação, através do atual avanço tecnológico, permitiram que as pessoas interajam mais facilmente umas com as outras, além de também possibilitar que a informação circule de forma mais veloz e proporcione a difusão, em grande escala, de conteúdos diversos.

Assim a educação passou a também usufruir desta grande variedade de ferramentas e de canais de comunicação, o que proporcionou aos alunos uma maior liberdade de acesso a conteúdos escolares e a informação. 

Porém a discussão sobre a possível influência dos meios de comunicação na educação se volta, mais especificamente, ao desempenho escolar dos alunos. Alguns estudiosos afirmam que a relação tecnologias–estudantes é positiva, outros já apontam que a mesma é responsável direta pelo baixo rendimento de muitos alunos.

Dificilmente será possível desassociar o modelo de educação atual ao uso das tecnologias de comunicação, seja a TV ou até mesmo o celular. Mas é preciso garantir que todos os alunos tenham acesso qualificado aos meios de informação e que conteúdos relevantes sejam cada vez mais acessíveis.

5. Papel da escola no combate ao preconceito com as minorias

O preconceito é manifestado através de pensamento, palavras, ações e obras e não é possível escondê-lo, pois as suas mais diversas expressões se tornam evidentes em algum momento da relação de um indivíduo com a sociedade.

Dentro da sala de aula, muitas interações sociais são estabelecidas, tanto entre alunos quanto entre alunos e professores, e muitas delas podem manifestar algum tipo de preconceito, mesmo que aconteça de forma velada.

A escola tem um papel fundamental no combate aos preconceitos. Através de medidas educativas, que visem esclarecer pontos sociais fundamentais na construção de um cidadão, como a aceitação e compreensão do outro e a contextualização da origem de muitos preconceitos é possível criar um ambiente saudável e respeitoso para todos dentro do ambiente escolar.

Ações educativas:

  • Práticas que valorizam a singularidade e exaltam a diversidade;
  • Discussões sobre as mais diversas constituições sociais;
  • Não exaltar as preferências idealizadas (por parte dos professores).

Ao nos depararmos com este tema, a primeira questão a ser observada é como estão sendo preparados os professores e as escolas para trabalhar com a diversidade entre as crianças e adolescentes, pois os profissionais da educação são os principais mediadores do processo de inclusão de todos os alunos na rotina de ensino e aprendizagem..

6. Inclusão de crianças neurodivergentes no processo educacional

Estudantes portadores de TDAH (doença que inclui a dificuldade de atenção e a hiperatividade) e do espectro autista (pessoas que possuem uma manifestação comportamental caracterizada pela dificuldade de interação, comunicação e dotadas de um comportamento repetitivo estereotipado), por exemplo, necessitam que algumas medidas educacionais específicas sejam postas em prática durante todo o seu desenvolvimento educacional, como:

  • Maior flexibilização do currículo regular e a captação dos materiais didáticos;
  • O desenvolvimento de atividades recreativas que auxiliam o processo de ensino-aprendizagem e de comunicação entre aluno e professor;
  • O uso de estratégias pedagógicas que acolham e respeitem as diferenças;
  • Otimização do espaço físico de ensino, ou seja, uma escola que seja totalmente preparada para receber a todos com o mesmo conforto;
  • Políticas públicas que garantam a qualidade do ensino.

Os temas de redação sobre Educação para o Enem que o artigo trouxe, além de terem grandes chances de aparecer na prova, são uma excelente forma de exercitar a escrita de redação e o senso crítico.

Caso você tenha curtido as dicas deste post, não deixe de sempre acompanhar as postagens do nosso blog ou de seguir o nosso perfil no Instagram: @ofoconoenem.

Estudante de Medicina em Belo Horizonte. Foi aprovado na UFRJ + 3 faculdades particulares com bolsa integral usando a nota do Enem. Criou o Foco no Enem para ajudar outros estudantes a irem bem no exame.

Comentários

Comente