Para alcançar um bom desempenho na prova do Enem 2021, o aluno não deve se prender somente às disciplinas tradicionais da grade escolar. Cada vez mais, a prova exige que os estudantes estejam por dentro das chamadas atualidades, isto é, fatos relevantes recentes que podem causar desdobramentos no Brasil e no mundo.
Como o conteúdo de atualidades é cobrado no Enem?
Para tanto, não é necessário que os candidatos decorem datas e porcentagens. O que a prova costuma cobrar é a interpretação dos acontecimentos a partir do conteúdo já estudado em outras matérias. Dificilmente o exame perguntaria quantos dias o navio Ever Given ficou preso no Canal de Suez, por exemplo, e sim qual a é a importância política e geográfica da região para o globo.
Além disso, como as questões costumam ser elaboradas entre o início e meio do ano, é mais improvável que acontecimentos muito recentes apareçam no meio da prova. Também é possível que as atualidades no Enem 2021 apareçam para contextualizar o tema da redação.
De modo geral, os estudantes devem se manter de olho nas últimas notícias de jornais, sites e programas de TV, bem como em assuntos que por algum motivo estão aparecendo com mais frequência na mídia. Hoje, já existem apostilas e canais no YouTube que resumem as principais manchetes do ano para garantir que nenhum fato tenha passado em branco.
Assim, os candidatos que não querem se sentir por fora durante o exame precisam se manter atualizados a respeito dos principais assuntos do mundo. Para se preparar para o conteúdo de atualidades do Enem 21, fique de olho nesses 8 temas.
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Principais temas de atualidades no Enem 2021
Descubra quais são os assuntos mais falados e que incluem os campos da saúde, a luta de grupos sub representados na sociedade e conflitos sociais ou políticos quem aparecer nas questões de atualidades no Enem 2021. Veja a lista:
1. Covid-19, Epidemia e Vacinas
Desde o início de 2020, um dos temas mais falados no Brasil e no mundo foi a pandemia da Covid-19. Por isso, ela figura entre os principais tópicos a serem abordados pelas provas deste ano.
No entanto, os candidatos não devem se restringir à disciplina de biologia na hora de estudar. Além de perguntas técnicas envolvendo o vírus, também é possível que o tema seja tratado com enfoque histórico para as outras pandemias, bem como para abordar questões envolvendo o negacionismo científico.
Outro tema que pode vir atrelado ao da pandemia é o da vacinação. Aqui, os alunos devem recordar desde o processo de criação de um imunizante até o funcionamento do sistema imunológico. Vale lembrar também de episódios anteriores envolvendo campanhas de imunização.
2. Homeschooling
Também devido à pandemia, milhões de estudantes brasileiros passaram a assistir aula de casa. O modelo remoto ou à distância fomentou a discussão envolvendo o homeschooling, tipo de educação domiciliar que hoje não é permitida no Brasil. Nele, o aluno é desvinculado de qualquer escola e passa a aprender sozinho em casa com a ajuda da própria família ou de um professor particular.
Os pontos mais polêmicos envolvem motivações religiosas, políticas e filosóficas, assim como casos de autismo e bullying, por exemplo. Enquanto os defensores enxergam no homeschooling uma oportunidade de controlar o que a criança aprende, bem como o de evitar problemas de convívio causados por doenças mentais, os que são contrários alegam a privação de contato social e de acesso a diferentes opiniões.
Os candidatos devem procurar relacionar os argumentos com recentes movimentos políticos e ideológicos, bem como associá-los às disciplinas de filosofia e sociologia.
3. Queda do IDH brasileiro
No final de 2020, o PNUD (Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas) publicou o novo ranking mundial do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Com uma leve melhora em seu desempenho, o Brasil ainda sim caiu cinco posições na lista, ocupando atualmente o 84º lugar.
O tema pode aparecer vinculado a um dos critérios do cálculo – expectativa de vida, renda média per capita e anos de estudo. O estudante deve se manter atento às possíveis causas dessa queda no ranking, além de procurar saber quais são os principais problemas da atualidade envolvendo saúde, renda e educação
4. Olimpíadas 2021
Desde a sua criação na Grécia Antiga, as Olimpíadas ganham, de quatro em quatro anos, a atenção do mundo. A última edição de Tóquio ainda entrou para a história como a primeira vez em que os jogos foram adiados. Anteriormente, eles já haviam sido cancelados três vezes – em 1916, nas Olimpíadas de Berlim, por causa da 1ª Guerra Mundial, em 1940, nas Olimpíadas de Helsinque, por causa da 2ª Guerra, e em 1944 nas Olimpíadas de Londres, também por causa do conflito.
Várias abordagens podem ser feitas através dos jogos olímpicos no Enem 2021. Enquanto questões de biologia e física podem debater a fisiologia dos esportes, as questões de história e geografia devem puxar pelos acontecimentos de edições anteriores. Também vale a pena ficar de olho em protestos políticos feitos pelos atletas e em casos envolvendo doping.
5. Racismo no Brasil
Dados atualizados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostram que a taxa de registros de casos de racismo no Brasil cresceu 29,8% durante 2020. Também foi no último ano que o assassinato violento de George Floyd levou o movimento “Blacks Lives Matter” ao centro da discussão midiática. Não à toa, esse é um dos tópicos sociais mais recorrentes de vestibulares e merece a atenção dos alunos.
Para a prova do Enem 2021, os estudantes devem relembrar o conceito histórico e sociológico de racismo estrutural, assim como todo o período da escravidão nacional e os respectivos movimentos abolicionistas da época. Internacionalmente, o advento do apartheid, na África do Sul, e a ascensão do Partido dos Panteras Negras, nos Estados Unidos, são outros tópicos que merecem atenção.
6. Crise migratória na Europa
Apesar da crise migratória não ser um problema recente da Europa, ela acabou se intensificando nos últimos anos. De acordo com a ONU, a grande maioria das pessoas que chegam no continente são refugiados de zonas de conflito do Oriente Médio, como Síria, Afeganistão, Iraque, Líbia e Eritreia.
Além de conhecer a origem das tensões vividas nesses países, os candidatos devem ficar de olho em tópicos menos óbvios que podem se relacionar como causa e consequência dessas movimentações. É o caso de temas como o envelhecimento populacional, o desemprego e a ascensão do Estado Islâmico.
De modo geral, a parcela xenofóbica da Europa tende a associar a chegada dos imigrantes aos altos índices de desemprego na região, bem como a atribuí-los aos recentes episódios de ataques terroristas. Aliado a isso, os países vivem uma questão social grave, já que grande parte da população está ingressando na terceira idade, enquanto os números de nascimentos se tornam cada vez mais escassos.
7. Preservação do meio ambiente
Neve no Brasil e ondas escaldantes de calor no Canadá – os efeitos das mudanças climáticas estão cada vez mais visíveis e presentes nas grandes mídias. Em relação ao recorte nacional, o país viveu este ano a iminência de uma crise hídrica associada à seca, além de recordes diários no desmatamento da Amazônia.
Para a prova do Enem 2021, o ideal é que os alunos explorem todas as perspectivas da preservação do meio ambiente. Enquanto as questões de biologia podem se atentar à parte mais técnica dos efeitos do aquecimento global, bem como as características dos biomas e da vegetação local, a prova de geografia pode exigir conhecimentos sobre os últimos acordos climáticos, incluindo a COP e o Acordo de Paris. Conhecer as principais metas e jogadas políticas envolvendo esses eventos é importante que o aluno consiga contextualizar as questões.
Outro tema que costuma aparecer vinculado à preservação do meio ambiente no Brasil é o da agropecuária. Tido como um dos principais responsáveis pela emissão de carbono na atmosfera, bem como pelo elevado consumo hídrico e pela devastação de florestas, o sistema é um dos mais rentáveis para a economia do país. Nesse quesito, vale explorar os meios de minimizar os impactos desse setor, bem como as principais commodities comercializadas para o exterior.
8. LGBTQIA+fobia
O Brasil é o país que mais mata transexuais no mundo – foram 175 assassinatos em 2020, segundo a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil). Da mesma forma, as denúncias de casos de LGBTQIA+fobia cresceram cerca de 20% no último ano, de acordo o Anuário de Segurança.
Neste tópico, a história dos movimentos em prol da liberdade sexual devem ganhar a atenção dos estudantes, assim como figuras que se tornam referência na luta. Já no campo da sociologia e da filosofia, é importante revisar tanto as teorias de gênero mais contemporâneas escritas por Judith Butler, como as mais tradicionais do meio acadêmico, como é o caso dos conceitos de Simone de Beauvoir.
Se o tema for associado a pandemia, ainda é possível que apareçam questões sobre a epidemia da AIDS, que por muitos anos foi apelidada de “peste gay”. Assim como no caso da Covid-19, vale reforçar os estudos sobre as formas de contágio, sintomas e efeito no sistema imunológico.
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