O Romantismo no Brasil é o movimento filosófico e artístico mais cobrado nos vestibulares, principalmente no ENEM e FUVEST.
Apesar de ter sua origem na Europa, o seu valor se dá, sobretudo, pela forte influência que exerceu no Brasil, fazendo com que aqui este movimento tomasse características próprias e marcantes na prosa, nas artes e na filosofia de vida.
O que foi o Romantismo no Brasil?
Em um contexto revolucionário, marcado por intensas oposições na era da Revolução industrial na Europa, o Romantismo foi um movimento impulsionado pela crise política e pela desigualdade social.
O ambiente intelectual proveniente da racionalização e o inconformismo com as regras que determinavam o fazer artístico entre a burguesia favoreceu o surgimento do movimento que adquiriu características próprias ao longo do tempo.
O Brasil, assim como na Alemanha e em outros países da Europa, teve suas primeiras bases de cunho nacionalista.
Religando-se com a natureza, a criação do herói e o ufanismo, o Romantismo no Brasil começou a ser incorporado – igualmente baseado pela transição do contexto histórico de outros países, pois estava no processo de se tornar independente de Portugal.
Contexto histórico
Coma independência do Brasil em 1822, o brasileiro passou a ter consciência de que precisava criar a sua “própria” arte, se desvinculando de outros países. Assim, foi negando tudo o que tinha origem na cultura portuguesa.
Além disso, como toda reforma, o país passava por profundas crises políticas, aliado à vontade de libertação e uma construção de uma nova nação. Por isso, o nacionalismo com a valorização da pátria foi o primeiro destaque desse movimento aqui no Brasil.
A construção de novos ideais pode ser encontrada no autor Gonçalves de Magalhães, com a obra “Suspiros Poéticos e Saudades”, do ano de 1836.
O autor coloca o Romantismo no Brasil fora de uma vertente específica, mas que assume um compromisso do escritor consigo. Por isso, ele fala que não pode ser uma obra julgada pela forma, mas pelo sentir do leitor.
O Romantismo no Brasil repartiu-se em três importantes fases que tiveram suas características bem demarcadas que você poderá ver a seguir:
Fases do Romantismo no Brasil
1ª geração
Como mencionado, a primeira geração do Romantismo no Brasil buscava se desvencilhar das influências de Portugal, após o processo de independência.
Por isso, a temática mais explorada e valorizada no contexto da 1ª geração foi acerca do nacionalismo, exaltação da natureza e do indianismo, focando no índio como herói.
O resgate da cultura e história do país foi o foco principal. Dentre as principais características da 1ª geração se encontra:
- Exaltação da natureza e da liberdade.
- Figura do índio ou indianismo.
- Sentimentalismo, emoções.
- Subjetivismo.
- Nacionalismo-ufanista.
- Brasileirismo (linguagem)
Os principais autores da 1ª fase são Domingos José Gonçalves de Magalhães (1811-1882), Antônio Gonçalves Dias (1823-1864), Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) e Manuel Antônio de Almeida (1831-1861).
2ª geração
A segunda geração do Romantismo no Brasil teve características um pouco diferentes da 1ª geração, embora pontos em comum a mantenham dentro do movimento romântico.
Esta geração recebeu fortes influências da poesia europeia, tendo como destaque o poeta George Gordon Byron. A melancolia, o pessimismo se destacam como temas principais.
No Brasil, os poetas buscam fugir da realidade se apresentando com certo saudosismo à infância ou exaltando a morte como o fim de todos os problemas.
A crise existencial passa a atormentar os escritores dessa geração que, muitas vezes, morriam precocemente, como é o caso do poeta Álvares de Azevedo, que faleceu aos 20 anos de idade.
Dentre as principais características do ultrarromantismo estão:
- Egocentrismo (exaltação do Eu).
- Idealização da mulher.
- Junção do grotesco com sublime.
- Exaltação da morte
- Sentimentalismo exacerbado
- Subjetivismo.
Merecem destaque os autores Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831-1852), Casimiro José Marques de Abreu (1837-1860), Luís Nicolau Fagundes Varella (1841-1875) e Luís José Junqueira Freire (1832-1855).
3ª geração
Mais conhecido como geração condoreira, o Romantismo no Brasil de 3ª geração estava empenhada em uma literatura denunciativa ao trabalho dos escravos e à realidade social e econômica do país.
Trata-se de uma geração mais engajada, deixando para trás a pureza, a sensualidade e o nacionalismo encontrado nas gerações anteriores. O subjetivismo perde espaço para a realidade a qual o Brasil estava refém.
Focado na ideia de uma país republicano, o nacionalismo brasileiro deixa de ser representado apenas pela cultura europeia e indígena, e passa a ser incorporado também pela identidade negra.
Dentre as principais características do condoreirismo podemos destacar:
- Engajamento político.
- Negação do platonismo romântico.
- Realidade social.
- Incorporação da cultura africana.
Os principais autores dessa fase foram Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871), Joaquim de Sousa Andrade (1833-1902) e Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (1849-1910).
Viu como o movimento romântico foi altamente expressivo para o Brasil na Literatura, Arte e Filosofia?
Agora que você sabe um pouco sobre estes três importantes momentos para a Literatura, estude bastante para o Enem. Com certeza é uma das matérias mais cobradas pelos vestibulares regionais também.
Veja baixo como baixar uma lista de exercícios sobre o assunto:
Se você gostou do texto compartilhe a experiência com os seus amigos nas redes sociais!
Comente