É possível conseguir o Fies sem a nota do Enem? Confira!

O Fies é uma das opções para quem não conseguiu uma vaga dentro de uma universidade federal e ainda sonha em ingressar no ensino superior.

O Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) é uma das opções para quem não conseguiu uma vaga dentro de uma universidade federal e ainda sonha em ingressar no ensino superior. Criado na década de 1990 pelo Ministério da Educação (MEC), seu objetivo é facilitar o acesso à graduação por jovens que não possuem condições de arcar com o preço das mensalidades das instituições privadas. 

Em 2021, 93 mil vagas de financiamentos foram disponibilizadas pelo Governo Federal e distribuídas entre o primeiro e o segundo semestre letivo. Ao todo, o programa incluiu milhares de instituições privadas ao redor do Brasil e centenas de opções de cursos. Para saber quais faculdades aceitam o benefício, acesse o site do Fies. 

Fies sem a Nota do Enem é possível?

No entanto, para participar do programa, o candidato precisa cumprir as exigências prescritas pelo edital, sendo uma delas é ter prestado o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Portanto, ainda não é possível conseguir o Fies sem a nota do Enem.

Contudo, é importante ressaltar que nem sempre é preciso ter feito a prova do Enem no último ano para participar do processo seletivo. De acordo com o último edital do Fies, eram aceitas notas do exame a partir de 2010.

Quem perdeu a data de inscrição ou não quer realizar o exame pode procurar pelo P-Fies, uma modalidade independente que abrange o público que não é contemplado pelo benefício do Fies. 

Como funciona o Novo Fies?

Fies sem a nota do Enem
Um dos pré-requisitos para concorrer a uma das vagas do Novo Fies é ter feito o Enem nos últimos anos.

O Fies oferece financiamento estudantil total (100%) ou parcial (50%) para uma série de cursos de graduação oferecidos por universidades particulares. Através desse sistema, o estudante só devolverá a quantia emprestada – e sem juros –  depois de se formar e conseguir uma fonte de renda. Atualmente, o MEC trabalha com um teto de R$ 7 mil por mês para cada aluno, somando R$42 mil por semestre. 

As inscrições são semestrais e acontecem através do site da instituição. Depois disso, o candidato pode ou não ser classificado para receber o auxílio. Isso dependerá do seu desempenho na prova do Enem. 

Vale reforçar que nem todo estudante está habilitado a se inscrever no programa. Além de ter uma renda familiar mensal bruta de três a cinco salários mínimos por pessoa, o candidato precisa necessariamente ter prestado o Enem a partir da edição de 2010. Outra exigência do programa é que o aluno tenha obtido uma nota mínima de 450 pontos nas provas objetivas e que não tenha zerado a redação. Quem prestou o exame em modo treineiro também não é aceito no financiamento. 

Além dessas, ainda existem outras condições eliminatórias para a participação do programa.

Veja quem também não pode se inscrever no Fies:

  • Alunos que possuem bolsa integral do ProUni;
  • Alunos que possuem bolsa parcial do ProUni em um curso diferente ao indicado na inscrição do Fies;
  • Estudantes que já contrataram o Fies em momentos anteriores;
  • Candidatos que já tenham graduação completa no ensino superior;
  • Alunos que possuem a matrícula de alguma graduação trancada no momento da inscrição;
  • Estudantes que ainda estão devendo ao Programa de Crédito Educativo (PCE/CREDUC), que foi desativado em 1999;

Como funciona o P-Fies?

Criado para ser uma modalidade independente dentro do Novo Fies, o P-Fies é um facilitador de crédito estudantil.  A partir do segundo semestre de 2020, o programa sofreu alterações em seus critérios de participação, tornando-se ainda mais acessível. 

Ao contrário de seu “primo”, o P-Fies não possui limite de renda máxima para os candidatos, bem como não exige a realização do Enem. O programa também não envolve classificações, listas de espera e processos seletivos. 

Seu objetivo, entretanto, continua o mesmo: promover o financiamento das mensalidades das universidades particulares para alunos que não possuem renda suficiente para arcar com os custos. Da mesma forma que a outra modalidade, o P-Fies adia o pagamento das parcelas para depois da conclusão do curso. 

A principal diferença entre as duas modalidades é o meio de financiamento. Apesar de também ser feito com recursos públicos, através do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o P-Fies é negociado diretamente entre a instituição financeira e a universidade privada. Isso significa que os valores das parcelas serão potencialmente mais caros, com acréscimo de juros que serão determinados entre as negociações. 

Como se inscrever para o P-Fies?

Os interessados no financiamento do P-Fies só precisam procurar um agente financeiro (como um banco) e se cadastrar para ter a proposta analisada. Algumas instituições de crédito possuem parceria com o MEC, como é o caso do Banco da Amazônia, do Banco do Nordeste e do PraValer. Além disso, para contratar o P-Fies, o estudante não necessita usar a nota do Enem. 

Também não há datas de inscrição limite para o programa, já que ele fica disponível para os estudantes durante todo o ano. Em casos de dúvidas, a recomendação é ligar para o MEC através do número 0800-616161.

Jornalista em formação pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonada por palavras desde sempre, já cobriu as editorias de gastronomia, maternidade e carreira.

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