Escolas literárias que mais caem no Enem

Saiba quais são as escolas literárias mais cobradas na prova de Linguagens e como são abordadas nas questões.

Para ter um bom rendimento no Enem é preciso estudar bastante os assuntos de cada área de conhecimento. Em Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, a literatura é uma das disciplinas que merece bastante atenção. 

Geralmente, os assuntos mais recorrentes em literatura no Enem estão relacionados às Escolas Literárias. Por isso, pesquisamos as Escolas Literárias que mais caem no Enem e trouxemos para você conhecer e estudar. Confira quais são!

Entenda o que são Escolas Literárias

Escolas Literárias são uma forma de organizar a literatura de acordo com os estilos de cada época, suas características e momentos históricos. Também chamadas de “Movimentos Literários” essas escolas facilitam bastante o estudo da literatura e podem ser divididas em Era Colonial e Era Nacional. 

Como nosso foco é a Literatura para o Enem, vamos apresentar algumas Escolas da Era Nacional, pois são as que mais caem nas provas. 

Conheça as Escolas Literárias que mais caem no Enem

Agora que você conhece os Movimentos Literários da Era Colonial e Nacional, saiba mais sobre o Romantismo, o Realismo, o Modernismo e a Literatura Contemporânea. Essas são as Escolas Literárias que mais caem no Enem. 

 

Escolas Literárias que mais caem no Enem

Romantismo

O marco inicial do Romantismo no Brasil foi a publicação do livro “suspiros poéticos e saudades”, de Gonçalves de Magalhães. Na Europa, o período também é marcado por diversas manifestações artísticas, culturais e literárias; e pela publicação da Revista Niterói, em Paris. 

O Romantismo estava dividido em três fases, consideradas Gerações Românticas, que são:

1ª Geração Romântica

Fase caracterizada pelo Nacionalismo e pelo Indianismo. Dentre os temas explorados pelos escritores estão: sentimentalismo, contato com homem com a natureza, religiosidade, nacionalismo e ufanismo. Os principais nomes desta fase são: 

  • Gonçalves de Magalhães;
  • Gonçalves Dias;
  • José de Alencar;
  • Teixeira e Souza;
  • Araújo Porto-Alegre.

2ª Geração Romântica

Também chamada de “Geração Byroniana”, devido a forte influência de George Gordon Byron, a segunda fase do Romantismo é conhecida como “Ultrarromântica” ou como ”Mal do Século”.

Esse nome não é à toa, pois trata-se de período marcado por temas negativos, como: egocentrismo, desilusão, fuga da realidade, boêmia, pessimismo, dúvida, exaltação da morte, dentre outros. 

Os escritores que mais se destacaram nesta fase foram:

  • Casimiro de Abreu;
  • Junqueira Freire;
  • Álvares de Azevedo; e
  • Fagundes Varela.

3ª Geração Romântica

Por fim, a terceira fase do Romantismo traz a poesia libertária e social, com grande influência do escritor francês Victor-Marie Hugo. É por causa dele, inclusive, que esta geração também recebe o nome de Hugoana

Os escritores que mais se destacaram nesta fase foram:

  • Tobias Barreto;
  • Sousândrade; e
  • Castro Alves.

Realismo

Dentre as Escolas Literárias que mais caem no Enem temos o Realismo, que também faz parte da Era Nacional. Seu marco inicial foi a publicação da obra de Machado de Assis, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. 

A partir do Realismo, a literatura abandona as expressões idealistas, cheias de subjetividade, nacionalismo e sentimentalismo exacerbado e dá espaço a uma expressão mais direta e objetiva. 

Os escritores passam a publicar obras que retratam a vida cotidiana, mostrando cenários urbanos e fazendo críticas à realidade e à sociedade da época. Além disso, os livros traziam uma narrativa detalhada e descritiva, em que o autor analisava seus personagens profundamente. Definitivamente, é uma oposição a tudo o que o Romantismo representava. 

Os escritores que mais se destacaram no Realismo foram:

  • Machado de Assis;
  • Visconde de Taunay; e
  • Raul D’Ávila Pompéia.

Modernismo

O Modernismo começou a partir da Semana de Arte Moderna, em 1922, quando as ideias novas fervilhavam não só na literatura, mas na cultura e arte em geral. 

No Brasil, o clima era de insatisfação política. Greves e protestos ganharam as ruas e o povo buscava romper com o tradicionalismo. Foi neste contexto político e social que teve início o Modernismo.

Nesse clima de mudança artística, também impulsionado pela Primeira Guerra Mundial, as publicações traziam: versos livres, com o abandono das formas fixas ― até mesmo de pontuação ―, libertação estética, experimentações artísticas e principalmente a ruptura com toda forma de tradicionalismo.

Os escritores que marcaram essa época foram:

  • Clarice Lispector;
  • Cecília Meireles;
  • Carlos Drummond de Andrade;
  • Rachel de Queiroz;
  • Oswald de Andrade;
  • Manuel Bandeira;
  • Érico Veríssimo;
  • Mário de Andrade;
  • Jorge Amado;
  • Guimarães Rosa;
  • Graciliano Ramos;
  • João Cabral de Melo Neto; e
  • Vinícius de Moraes.

Literatura Contemporânea

Por fim, a Literatura Contemporânea é caracterizada por uma diversidade de tendências. Ela compreende as publicações do final do século XX e da primeira metade do século XXI. 

Ela traz dá continuidade à ruptura com os valores tradicionais iniciada no movimento modernista. Além disso, é marcada por diversos grupos vanguardistas, dentre eles: poesia-práxis, concretismo, poema processo, neoconcretismo e poesia marginal.

Há uma junção de tendências (ecletismo) que influenciam tanto a poesia quanto a prosa, inclusive, com características de Escolas Literárias anteriores. Na Literatura Contemporânea, temas regionalistas e cotidianos ganham espaço, assim como ocorre uma união da arte popular com a erudita. O período também marca o aparecimento de técnicas inovadoras, como recursos gráficos, colagens etc.

Os escritores que se destacam na Literatura Contemporânea são:

  • Adélia Prado;
  • Caio Fernando de Abreu;
  • Ariano Suassuna;
  • Antônio Callado;
  • Cora Coralina;
  • Ferreira Gullar;
  • Lya Luft;
  • Millôr Fernandes;
  • Rubem Braga;
  • Dentre outros.

Resolva Exercícios sobre Literatura

01 – UFG – Leia o fragmento do poema apresentado a seguir :

SPLEEN E CHARUTOS
I
SOLIDÃO

[…]
As árvores prateiam-se na praia,
Qual de uma fada os mágicos retiros…
Ó lua, as doces brisas que sussurram
Coam dos lábios teus como suspiros!

Falando ao coração que nota aérea
Deste céu, destas águas se desata?
Canta assim algum gênio adormecido
Das ondas moças no lençol de prata?

Minh’alma tenebrosa se entristece,
É muda como sala mortuária…
Deito-me só e triste, sem ter fome
Vejo na mesa a ceia solitária.

Ó lua, ó lua bela dos amores,
Se tu és moça e tens um peito amigo,
Não me deixes assim dormir solteiro,
À meia-noite vem cear comigo!

AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. In: Obra completa. Organização de Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000. p. 232  

Fenômeno recorrente na estética romântica, o processo de adjetivação permite ao eu lírico, no poema
transcrito

A) intensificar sua tristeza, ressaltando uma perspectiva pessimista da vida.

B) intensificar sua tristeza, ressaltando uma perspectiva pessimista da vida.

C) detalhar suas intenções amorosas, nomeando seus
sentimentos.

D) descrever as coisas circundantes, apresentando
uma visão objetiva da realidade.

E) revelar um sentimento platônico, enumerando as
qualidades da amada.

Bom, essas são as Escolas Literárias que mais caem no Enem. Agora que você já conhece, compartilhe também com seus amigos que vão fazer a prova!

Formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UNIGRANDE (Centro Universitário da Grande Fortaleza), escreve artigos para os mais diversos veículos e nichos, em especial educação.

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