O contexto histórico é um dos possíveis tipos de repertórios sócio produtivos que você pode selecionar para angariar uma alta pontuação na Redação do Enem, desde que esteja bem articulado com a competência II e contextualizado na competência III. Essa ferramenta mostra as habilidades do estudante não só de argumentar, como defender o seu ponto de vista por meio de um fato.
Saber empregar o passado histórico como fundo de contestação de tese é o que tem feito muitos estudantes tirarem acima de 900 na Redação do Enem, além de ser conteúdo multidisciplinar em vários temas.
Por isso, no texto de hoje, selecionamos 5 contextos históricos importantes e vamos explicar como eles podem ser aplicados em diversos temas prováveis de serem cobrados no Enem no próximo ano. Confira!
Veja alusões históricas para usar na Redação do Enem
1. Grécia Antiga
A Grécia não foi só uma cultura unificada a qual conhecemos hoje, com um política centralizada. Falamos historicamente de comunidades que compartilhavam costumes, política, linguagem e filosofia. Áreas essas influentes hoje em toda a cultura mundial.
A democracia era a forma de governo vigente naquela região, e os habitantes que cultuavam a música, as artes em geral como cerne de cultura e beleza, acreditavam que todos eram capazes de socializar o bem comum.
Por isso, questões que envolvem democracia, arte, mitos, cultura e educação podem ter como fundamento os argumentos que envolvem a civilização grega que vai do século XX ao século IV a.C, ampliando para citações de filósofos importantes como Sócrates, Aristóteles e Platão.
Ainda, vale lembrar que a economia grega se baseava em produtos artesanais, com alto cultivo e agricultura e no comércio, podendo ser usado para argumentos que refletem a cultura do consumo coletivo consciente e auto sustentável.
Você pode explicar como os gregos compartilhavam o próprio cultivo e levavam suas colheitas ao mercado local gerando, assim, um comércio mais democrático.
2. Revolução Industrial
Profundas mudanças ocorreram na Europa nos séculos XVIII e XIX, e uma dessas mudanças está relacionada à forma de trabalho que foi do artesanal ao assalariado.
Nascendo então uma nova classe de proletários a ser discutida, amplamente difundida, gerando uma sucessão de protestos, conflitos e estudos acerca da divisão de classes que se estendem até os dia atuais, a Revolução Industrial mudou a forma com que vemos hoje a política capitalista mundial.
Até o final do século XVII, o produtor dominava todo o processo produtivo e países como a França e Inglaterra possuíam manufaturas, ou seja, locais de trabalho precários, onde artesãos produziam sob o domínios dos proprietários, vivendo em condições análogas à escravidão.
Diante disso, houve constantes revoltas de trabalhadores que começaram a sabotar máquinas e dar a luz a uma variada fonte de movimentos sociais com o objetivo de defender a classe dos trabalhadores.
Temas como tecnologia, consumismo e direitos sindicais cabem nesse contexto, uma vez que a tendência mercadológica atual é cada vez mais substituir a mão de obra servil por uma superexploração e precarização com o trabalho automatizado pela tecnologia.
Por isso, pesquisar sobre e refletir sobre os tipos de classe que compõe a estrutura do sistema capitalista é essencial para tirar uma boa nota na redação do Enem.
3. Segunda Guerra Mundial
O evento que acumulou 60 milhões de mortes e destruição material e patrimonial significativo marcou a história da humanidade. Estamos falando da Segunda Guerra Mundial, que ocorreu entre os anos de 1939 e 1945, tendo como causa expansionista a Alemanha Nazista, que invadiu a Polônia em 1939.
Conflito marcado por xenofobia, holocausto e lançamento de bombas atômicas, a Segunda Guerra Mundial pode ser usada como pano de fundo para debater temas como xenofobia, racismo, intolerância, conflitos armados e Direitos Humanos.
Outro tema que pode ser usado com a Segunda Guerra Mundial é a crise econômica mundial que se agrava a partir de conflitos de grande proporção. Não diferente, podemos ainda citar a Guerra na Síria que começou em 2011, como exemplo, que até hoje impede que países do Oriente Médio de ergam estruturalmente.
4. Guerra Fria
A Guerra Fria foi um período de grande tensão política entre a União Soviética e os Estados Unidos após a segunda Guerra Mundial.
A União Soviética que buscava implantar o socialismo em outros países, visando uma economia coletiva e plana para a igualdade social, travava um embate político com os EUA que defendia a expansão do capitalismo e o liberalismo econômico, com um sistema democrático de propriedade privada.
Momento histórico marcado por ameaças e polarizações, é uma ótima contextualização para se usar em discussões que envolvem desrespeito aos direitos humanos, avanço tecnológico, porte de armas e segregação, uma vez que as superpotências tiveram viabilidade em uma batalha nuclear.
5. Ditadura Militar no Brasil
Quando o assunto é democracia e liberdade de expressão, não há melhor contextualização histórica do que a Ditadura Militar no Brasil. Embora muita gente negue, este período foi manchado por muitos conflitos internos e externos, envolvendo tortura de opositores políticos à ditadura e forte censura à cultura brasileira.
Para tornar o seu texto ainda mais interessante, use e abuse de letras musicais, claro, bem contextualizadas, de Chico Buarque, Gilberto Gil e Geraldo Vandré que falam sobre este período que manchou a história do Brasil. Além disso, é um ótimo plano de fundo para discussões atuais sobre polarização política.
Como são cobradas as alusões históricas nas competências II e III?
Para que o seu texto tenha uma validade autoral, é necessário que o seu repertório, além de estar articulado ao assunto, seja explicado, explorado e discutido junto ao seu posicionamento impessoal. Por isso, fazer alusões históricas é uma ótima oportunidade de garantir uma boa impressão aos avaliadores.
Na competência II é avaliado o que é colocado no texto, se informação é verídica e não foi distorcida ou inventada pelo estudante. Infelizmente isso ocorre muito e o corretor fica sempre atento para penalizar. Aqui, também é verificado se o estudante não forçou a barra citando autores e períodos que não tem relação objetiva com o tema.
Já na competência III avalia a forma como você articula o contexto histórico no texto, dando ao tema um sentido e defendendo bem o seu ponto de vista com a seleção feita na competência II. Ou seja, o seu projeto de texto ganha validade aqui.
Agora que você já sabe de que forma pode conquistar uma boa nota na redação do Enem com as alusões históricas, compartilhe nas suas redes sociais e entre os seus amigos os nossos conteúdos para mandar bem na hora da redação!
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