7 erros mais comuns na Redação do Enem

Confira os erros mais comuns cometidos pelos estudantes na hora de escrever Redação e como evitá-los para não perder ponto em todas as competências.

A Redação do Enem veio passando por uma série de transformações ao longo dos anos e com elas, mudanças na sua grade de correção. No entanto, alguns erros mais comuns na redação do Enem que sempre foram muito relevantes devem ser evitados para conquistar a nota 1000! Erros esses que, independente da mudança de grande, serão penalizados sempre pela banca. 

Como a redação é uma das etapas decisivas para a entrada de um aluno na universidade, é muito importante estudar previamente cada competência avaliativa da grade para não cometer nenhum deslize em cada uma delas. Por isso, no texto de hoje, separamos os principais erros que devemos evitar. E detalhe, com informações atualizadas!

Principais erros na Redação do Enem

7 erros mais comuns na Redação do Enem

1. Erros de estrutura sintática

Usar a folha de rascunho para evitar falhas na estruturação sintática é uma etapa é primordial para que o estudante evite tirar 120 para baixo na competência I (e nas outras competências também, é claro). 

Isso porque, antigamente, a competência I era penalizada pela quantidade dos erros ortográficos que o estudante cometia ao longo do texto. Nos últimos anos, não depende mais de quantidade, mas de qualidade da escrita

Isso quer dizer que, você pode até errar uma quantidade razoáveis na gramática, mas se a estrutura sintática está impecável, com uma boa fluidez de ideias, a sua nota mínima será 160 – o que é ótimo! Já salva, não é? 

Um dos erros mais comuns na redação do Enem é você escrever direto na folha de redação e ainda não reler o próprio texto antes de passar a limpo, resultando em pequenas falhas sintáticas que comprometem a estrutura do texto e, assim, caindo a nota para 120. 

Portanto, use a folha de rascunho para escrever a sua redação e depois passar a limpo detectando possíveis falhas, tanto ortográficas, quanto sintáticas.

2. Não planejar a redação, resultando em fuga ao tema

A fuga ao tema, por vezes, pode estar ligada à falta de planejamento prévio da redação. Por isso, é importante treinar bastante o esqueleto de ideias – é o que todo professor está cansado de falar, mas muitos alunos teimam em não fazer. 

Quando escrevermos direto a nossa redação, muitas vezes não lemos direito o comando do tema que, nada mais é do que aquilo que é esperado para ser desenvolvido sobre o assunto. 

Muitos estudantes só desenvolvem parcialmente o tema ou chegam a viajar na maionese, não cumprindo o esperado. Por exemplo: o tema é a “fome e desigualdade social”. 

O estudante usa todos os argumentos sobre a questão da fome, mas em lugar nenhum do texto toca na questão da desigualdade social e nem explica qual é a relação da fome com esse problema econômico. Logo, ele desenvolveu o tema parcialmente, não cumprindo o que foi esperado. 

Esse é erros mais comuns na redação do Enem e, quando acontece, a redação pode, inclusive, ser anulada. Por isso, leia atentamente os textos motivadores, o comando do tema e só depois de garantir que compreendeu muito bem o que é esperado, passe para a escrita!

3. Não contextualizar o repertório sócio cultural

Outro erro bastante comum na Redação do Enem é o estudante trazer citações, recortes de personagens de filmes, novelas e livros e não contextualizar no tema, ficando um recorte deslocado e, assim, fazendo com que o repertório não fique produtivo no texto. Se isso acontece, o estudante já corre o risco de perder 40 pontos de graça na competência II.

Por isso, o ideal é sempre contextualizar, explicando de que maneira é possível fazer essa analogia, essa comparação com as informações apresentadas no texto. Isso deve ser muito bem explicado. Não basta apenas citar, é preciso contextualizar, não se esqueça!

4. Copiar dados dos textos motivadores

De acordo com as últimas atualizações da grade dos últimos anos, usar apenas os dados numéricos não é passível de penalização na competência III. Mas, quando isso acontece, a banca tende a avaliar que o estudante não foi capaz de buscar outros conceitos para defender a sua redação e isso, se parar no desempate de nota, pode cair para menos. 

Por mais que a argumentação em torno dos dados seja boa e consistente, é importante sempre evitar. Isso sem contar com estudantes que copiam trechos inteiros. Aí sim, a penalização pode ser fatal. 

Por isso, explore o máximo que puder as suas vivências e as suas experiências para te ajudar a fundamentar bem a temática sem precisar recorrer aos textos motivadores. 

5. Não fazer uma proposta de intervenção completa

A proposta de intervenção para totalizar precisa de todos os elementos, mais o detalhamento da ação. Muitos estudantes vacilam ao se preocuparem apenas com a riqueza dos detalhes e deixando faltar elementos essenciais. 

O mais comum é se esquecerem dos meios pelos quais a ação será desenvolvida. Normalmente, enriquecem a ação de detalhes, mas o modalizador “por meio de”, “através de” é sempre esquecido. 

Aí o aluno justifica que está “embutido na ação” – isso não pode acontecer. Detalhamento é diferente de elemento. A banca precisa detectar todos os elementos: agente, ação, meios e finalidade. Todos eles devem ser apresentados claramente e bem detalhados, captou?

6. Erros de coesão e coerência

Erros de coesão e coerência podem acontecer ora por problemas de estruturação lógica do texto- muitas vezes ligadas à sintaxe e semântica, ora por dificuldade de articular a argumentação. Por isso, mais uma vez, a importância de usar a folha de rascunho para detectar esse tipo de problema. 

Problema como ambiguidade no texto é erros mais comuns na redação do Enem e pode confundir o leitor. Faltar clareza nas ideias ou simplesmente não articular bem o repertório sócio cultural com o tema. São fatores que estão ligados ao não domínio dos modalizadores discursivos avaliado na competência IV. 

Por isso, mais do que encher o texto de conectivos, é preciso aplicá-los adequadamente em cada fragmento, relendo o próprio texto antes de passar a limpo. 

É essencial o cuidado também com o excesso de informações. O Enem não está preocupado com o tanto que você sabe, mas como você transpassa essas ideias de forma didática e clara para todos os leitores. Portanto, faça o planejamento prévio e use a folha de rascunho. 

7. Não respeitar o gênero dissertativo argumentativo

Isso agrava na competência II, ein? Aquele estudante que não apresenta uma tese na introdução, articula os argumentos em 1ª pessoa, usa informações de senso comum, não traz nenhum repertório sócio cultural em seu texto e se baseia apenas na opinião, não está respeitando a estrutura do gênero dissertativo-argumentativo. 

Sabe quando você se empolga com o tema e ao invés planejar o texto, já vai logo dissertando a sua opinião sobre o tema sem pensar e fundamentar direitos suas ideias?

Esse é um dos erros mais comuns na redação do Enem que pode ser evitado com uma pesquisa sobre o gênero textual pedido e com planejamento prévio de ideias. 

E aí? O que você achou deste conteúdo? Vai praticar mais? Compartilhe a sua experiência conosco e divulgue para os seus colegas! 

Formada em Letras pela UFMG, se especializou em tipologia textual e lecionou durante 6 anos nos grandes cursinhos de Belo Horizonte. Criativa e sempre atuante na área, segue criando conteúdo de qualidade sobre o ENEM e outros vestibulares regionais.

Comente